A Comunidade Islâmica de Moçambique (CIMO), fundada em 2004, é uma instituição colectiva de direito privado, dotada de personalidade e capacidade jurídica, sem fins lucrativos, com autonomia administrativa e financeira. Ela define-se como sendo uma instituição de carácter social, humanitária e religiosa, assente na filosofia do Isslam e na crença de “Ahlus Sunnah Wal Jama’ah” e é defensora da ortodoxia dinâmica e contrária ao conservantismo e modernismo, com o slogan: “de volta ao Alcorão e de volta ao Muhammad”.

A CIMO entende que o Isslam concebe a vida como Una, devido ao pressuposto da Unicidade (Tawhid). Assim, o mundo real é uma unidade orgânica coerente, sem limites em termos de espaço e intemporal, mas que engloba todos os acontecimentos no tempo e no espaço que são adequados nas suas relações para consigo. Ao invés de reconhecer o conflito entre a existência moral e física do Homem, o Isslam destaca a coexistência entre estes dois aspectos como parte normal da vida. O Isslam sustenta que a nossa jornada na Terra é um factor fundamental do plano divino de criação e um estágio necessário na evolução da vida da nossa alma. Consequentemente, ele busca a afirmação do Eu espiritual do Homem, não através da renúncia do mundo material, mas sim do esforço activo para controlá-lo, com o objectivo de descobrir uma base de sustentação realista da vida. Portanto, é impossível para o Isslam desprezar a nossa existência terrena e as actividades que nela praticamos, diferindo aqui radicalmente com as outras religiões do Mundo. O Isslam não concebe o materialismo como um fim, mas como um meio para atingir um fim espiritual mais elevado. Ele harmoniza o físico com o quântico.

A CIMO tem por fim, praticar acções de natureza humanitária e de filantropia, sem distinção de raça, credo, sexo ou classe social.